Ameaça à vida é o assunto mais abordado nos dois primeiros dias de escutas do Sínodo

Desde a tarde de segunda-feira, 07, mais de 34 oradores já foram ouvidos na assembleia sinodal, no Vaticano. O assunto mais abordado até aqui é a defesa da vida ameaçada na Amazônia, dos indígenas, dos ribeirinhos, dos negros, das periferias urbanas, da juventude e das mulheres. O relato é de Dom José Ionilton, bispo prelado de Itacoatiara, e que participa do Sínodo, em Roma.

Na sequência, entre os temas mais abordados, aparece a questão dos ministérios ordenados e a realidade das comunidades que ficam meses e anos sem a presença do padre e, consequentemente, sem a Eucaristia e demais sacramentos. Em terceiro está a vocação dos leigos, formação e atuação na sociedade. Depois aparece a preocupação com a formação dos Seminaristas e a realidade dos Seminários. Por fim, o quinto assunto mais mencionado é a importância da sinodalidade da Igreja, segundo Dom José Ionilton.

Integrante do grupo de 55 auditores do Sínodo, a irmã Rose Bertoldo, da Rede um Grito pela Vida, afirma que todas as intervenções estão sendo ouvidas atentamente pelo Papa Francisco.

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Irmã Rose Bertoldo descreve que todo o processo está sendo conduzido com reflexão e respeito para construir um caminho e apresentar soluções para as questões apresentadas no instrumento de trabalho.

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Enquanto as escutas prosseguem na assembleia sinodal, outras 150 programações sobre a Amazônia Casa Comum acontecem no lado externo, em Roma, durante as três semanas. Assessor da Repam (Rede Eclesial Pan-Amazônica), o padre Luis Modino acompanhou alguns desses eventos. Um deles abordou a vida da mulher na Amazônia.

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Outro tema abordado  externamente e que vai fazer parte das aulas sinodais é o tráfico humano, como cita o Padre Luis Modino.

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No terceiro dia de assembleia, o foco foi o debate sobre a defesa dos direitos humanos e a urgência da formação.

Foi lembrado, na sala sinodal, que o número de mártires na Amazônia é assustador: 1.119 indígenas morreram entre 2003 e 2017 por defenderem seus próprios territórios. Além disso, muitas vezes os líderes sociais são vítimas da impunidade e da insuficiência dos poderes estatais que não garantem a segurança.

Também foram lembrados a luta contra modelos de extrativismo predatório, as migrações e os novos caminhos para os ministérios.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Fotos: Vatican News