No mínimo 2,5 mil vidas já foram salvas em Manaus desde o início da pandemia de coronavírus graças à adesão de menos de metade da população às medidas de distanciamento social, determinadas pela prefeitura e pelo governo do Estado. Isso é o que aponta um estudo da Universidade do Federal do Amazonas (Ufam) em parceria com a Fundo de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). O estudo identificou que apenas uma média de 40% das pessoas têm respeitado as recomendações.
A pesquisa analisou dados registrados em Manaus até o dia 11 de maio, quando o número confirmado de casos na capital estava em 7.264 e o de óbitos era de 691.
O pesquisador Alexander Steinmetz, do núcleo de matemática da Ufam, afirma que apenas em abril, as medidas de isolamento da população salvaram no mínimo 2,5 mil vidas.
Conforme o pesquisador, no dia 11 deste mês, a estimativa era de que Manaus tinha 11 vezes mais pessoas infectadas do que as estatísticas oficiais, o que deixa a cidade em uma situação delicada e explosiva.
Segundo Alexander Steinmetz, a principal conclusão do estudo é que nenhuma medida de relaxamento pode ser tomada no momento e sugere decretos ainda mais rigorosos.
A despeito de qualquer tentativa de negacionismo, difamação ou depreciação da pesquisa, a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Peralez afirma que os resultados são imparciais e foram obtidos através de métodos científicos.
A pesquisa da Ufam considera que cada pessoa que morre por coronavírus representa risco para até outros 130 indivíduos, e destes 130, 0,75% deles morrem 18 dias depois da exposição, em média.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar