O desmatamento no Amazonas está em nível elevado no início de 2023, contudo não aumentou na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. O mesmo acontece em relação às queimadas, que diminuíram, mas não estão níveis baixos para o período chuvoso, de acordo com a série histórica de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O sistema ‘Deter’ mostra que, de janeiro a março deste ano, houve 464 alertas de desmatamento em uma área que corresponde a 187 quilômetros quadrados do território amazonense. No mesmo período de 2022 foram 452 avisos para uma extensão de 190 quilômetros quadrados. Apesar do aumento de 2,5% na quantidade de alertas, a área degradada diminuiu 1,5%. No entanto, cabe ressaltar que o primeiro trimestre de 2022 registrou recorde de desmatamento e, portanto, apesar de a área degradada não ter sido maior do que no ano passado, está em patamar elevado.
Já o ‘Painel Queimadas’ informa que os satélites do Inpe identificaram 127 focos de calor no primeiro trimestre do ano no Amazonas. Já em 2022, os primeiros três meses somaram 190 pontos de queimadas. A redução foi de 33%.
O Governo do Amazonas informa que monitora diariamente os dados do sistema Deter, do Inpe, para orientar as ações de prevenção e combate, por meio da Operação Integrada Tamoiotatá 3, bem como fiscalizações remotas. Por meio da força-tarefa, o Estado tem empregado as forças ambientais e de segurança pública, de forma permanente, para atuação contra crimes ambientais no Sul do Amazonas, considerada área de maior pressão.
Com relação ao desmatamento no primeiro trimestre (187,38 km²), ressalta-se que apenas 4,19% (97,86 km²) ocorreram em áreas de domínio estadual.
O Estado ressalta, ainda, que no início deste mês, o governador Wilson Lima e o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, se reuniram com o presidente do Ibama, em Brasília, para tratar sobre as ações de combate nas áreas federais no Sul do Amazonas. Na ocasião, foi solicitada maior fiscalização nas áreas da União e integração com as forças estaduais, para reforçar as ações de comando e controle na área.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Ibama/Divulgação