Com a subida das águas, o cenário começa a mudar no porto da Manaus Moderna, as embarcações já estão atracando mais próximo à beira. Fabrício Melo trabalha em uma lancha que faz o trajeto entre a capital amazonense e o município de Careiro da Várzea, as saídas ocorrem três vezes por semana, ele disse que agora com o fim da seca, o percurso está mais rápido, cerca de 3 horas, porém, ainda há desafios.
”Bom pelo uma parte e ruim por outra, que a gente já pensa na enchente, na alagação que o nosso município é várzea e ele chega a ir todo para o fundo, até a sede do município da cidade também vai para o fundo e fica muito dificultoso. Do ano passado para esse ano, a água está mais abaixo, porque ano passado no dia de hoje ela já tava aqui nesse paredão aqui, acredito que não vai tomar enchente tão grande”, disse o especialista.
Segundo a pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil, Jussara Cury, apesar do aumento no nível dos rios, ainda é cedo para afirmar como será a enchente deste ano.
”O restante da bacia, por exemplo na bacia do Solimões, também estamos em processo de subida do nível do Rio, com cotas ainda abaixo da faixa da normalidade, tendendo a normalidade, então estamos no início do processo da cheia, o que ainda é um pouco precipitado chamar uma previsão, porque dependemos das chuvas nos próximos meses, principalmente agora em fevereiro e março”, disse a especialista.
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O nível do Rio Negro em Manaus, nesta quarta-feira chegou a 20m e 92cm, ano passado nessa mesma data, o nível era de 24m e 29cm, uma diferença de aproximadamente 3,5 metros. Segundo a especialista, até que o rio alcance cotas históricas, vai demorar um pouco.
”Tudo por enquanto ainda está dentro da faixa da normalidade né, aqui na estação de Manaus e nas estações do Solimões ainda um pouco abaixo ali do esperado”, disse Jussara.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar