Candidato do Solidariedade ao cargo de governador do Amazonas, o deputado estadual Ricardo Nicolau foi o entrevistado da Rádio Rio Mar, nesta quinta-feira (08), na rodada de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado. Em uma hora de conversa, Ricardo Nicolau falou sobre planos para a saúde, educação, produção rural, economia, segurança pública e combate a corrupção.
Na área da saúde, por exemplo, Ricardo Nicolau disse que a fila de espera por atendimentos, consultas, cirurgias e exames passa de 200 mil pessoas apenas em Manaus. Para resolver, ele afirma que é preciso monitorar a produtividade dos médicos, para que eles cumpram a jornada de trabalho integralmente.
“Muitas vezes o médico tem que realizar, por exemplo, 16 consultas, mas só faz oito”, citou Ricardo Nicolau.
Outras soluções apontadas pelo candidato são: descentralizar os atendimentos e levar procedimentos e especialistas para o interior e diminuir a sobrecarga em Manaus. Para isso, ele propõe a criação de Centros de Atendimento de Saúde no interior (CAS).
Em paralelo, Ricardo Nicolau disse que reabrirá o Pronto-Socorro do Hospital Delphina Aziz para utilizar o máximo da estrutura existente.
“Há mais de 2 anos o pronto-socorro (do Hospital Delphina Aziz) está fechado. Nem 15% da capacidade daquele hospital está sendo utilizada”, afirmou Nicolau.
Sobre o controle de gastos públicos, o candidato disse que adotará um projeto de autoria dele próprio, aprovado na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), mas que não está sendo usado pelo governo.
“Nós precisamos combater a corrupção, porque a corrupção leva bilhões de reais, bilhões de reais, todos os anos, para o ralo. Se nós precisamos de investimento para melhorar a qualidade de serviço público, nós precisamos combater a corrupção, combater os desperdícios. Como deputado estadual, eu acho que esse foi o projeto mais importante que eu consegui aprovar e, infelizmente, esse governo não implementou, embora esteja aprovado. O projeto disciplina as entregas do estado. Para a empresa receber, ela precisa comprovar a entrega. E como comprova? Com a nota de entrada. Porque se vendeu 100 mil canetas, por exemplo, ele não é fabricante de caneta, ele tem que ter comprado de alguém. Então, ele tem que comprovar que o estoque dele tem, no mínimo, as 100 mil canetas. Porque senão, como é que ele vende cem mil e só tem 20 mil no estoque? Infelizmente, hoje acontece isso. O cara vende 100 mil e entrega 20 mil. Veja o prejuízo que isso traz ao estado! E essa também é mais uma medida para identificar superfaturamento. Pois como é que se pode comprar por R$ 0,10 centavos e vender por R$ 1? Então você pode fazer o cruzamento para combater o superfaturamento e o mais importante: fazer com que se entregue todos os produtos, porque, infelizmente, o problema não é só quanto a produtos básicos, é até remédio”, disse Ricardo Nicolau.
Confira a entrevista na íntegra abaixo:
Rádio Rio Mar
Foto: Rádio Rio Mar