A hanseníase é considerada, ainda, um problema de saúde pública. O Brasil é o segundo país com maior número de novos casos no mundo, perdendo apenas para Índia. Os dados são da Organização Mundial da Saúde. De acordo com a Fuham – Fundação Hospitalar Alfredo da Matta, em 2021, foram diagnosticados 340 novos casos da doença no Amazonas. Desse total, 29,4% eram residentes de Manaus e 70,6% de outros 46 municípios.
No combate e eliminação da hanseníase, a informação e o tratamento são ferramentas essenciais. Neste mês de julho uma série de ações da saúde e vigilância epidemiológica em hanseníase será realizada na região da tríplice fronteira, nas cidades de Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte. A ação é vista como complexa por envolver, simultaneamente, três localidades, além dos desafios logísticos. Isso é o que destaca o diretor presidente da Fuham, Ronaldo Amazonas.
Uma equipe de 50 profissionais, entre: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, técnicos e administrativo se dividirão entre os três municípios.
Os trabalhos tiveram início neste domingo por Benjamin Constant e Atalaia do Norte, e seguem até 16 julho. Já em Tabatinga, as ações começam no dia 10 e seguem até o dia 23 de julho. Nesse período serão realizadas busca ativa de casos com exames de pele na população, exames de contatos dos casos de hanseníase, identificados nos últimos cinco anos. E com os novos casos diagnosticados durante a ação: avaliação de incapacidades físicas. No caso das pessoas que finalizaram tratamento: consultas dermatológicas.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação / Agência Brasil