Um gesto de amor que ajuda a reescrever o futuro de crianças e adolescentes: assim é a adoção. Mas não é só a vida de quem é adotado que muda com isso, pois quem adota também passa pela transformação.
Este é o exemplo da advogada Lilibeth de Azevedo. Aos 43 anos de idade, ela está em fase de conclusão do processo de adoção de uma criança de 11 anos, que vivia em lares e abrigos. Para ela, família não precisa ser de sangue.
“Sou mãe por adoção. Estou muito feliz de ter iniciado esse processo de adoção que começou no ano de 2020 no meio da pandemia. Eu realmente vi que estava na hora de abraçar esse projeto, que é maternidade, porque a maternidade não é só biológica, ela também vem do coração, e sempre foi uma grande motivação ter a minha família, foi isso que me levou até a minha filhinha, que se chama Nívea. O coração está cheio cheio de esperança, cheio de alegria e cheio de motivação, porque a adoção é também uma das maneiras de criar a sua família”, contou.
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A adoção foi feita por meio do projeto Encontrar Alguém, que faz busca ativa de famílias para crianças e adolescentes à procura de um lar, conforme explicou a titular do Juizado da Infância e Juventude Cível da Comarca de Manaus, juíza Rebeca de Mendonça Lima.
“De 2018 até agora nós já tivemos 51 crianças que foram inseridas nesse projeto, sendo que 30 adoções concluídas e apenas 8 desistências, o que nos mostra e é um projeto exitoso e que tem transformado vidas de crianças e adolescentes da nossa cidade. Toda pessoa que deseja adotar deve se habilitar junto à Vara da Infância e da adolescência da sua cidade, através do Sistema Nacional de Adoção ou através diretamente da Defensoria Pública ou de advogado, ou mesmo por meio de requerimento feito diretamente na vara”, destacou.
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Há ainda o projeto Acolhendo Vidas, que trata da entrega legal de bebês recém-nascidos ou prestes a nascer. Mães que fazem essa escolha devem fazer por meio da entrega legal.
No Brasil, o processo de adoção é gratuito. De acordo com a lei, qualquer pessoa maior de 18 anos, casada ou não, pode adotar. Depois disso, passa por uma análise que dura pouco de dois anos. O intuito é verificar se a nova família está apta a exercer o processo de criar educar, cuidar, e o mais importante: dar amor.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar*
Com informações da Assessoria de Imprensa do TJAM