Um requerimento protocolado por vereadores na Câmara Municipal de Manaus exige que o prefeito David Almeida explique, dentro de um prazo de 15 dias, os gastos de mais de R$ 100 mil reais de dinheiro público durante uma viagem feita à Barcelona, na Espanha.
Viagem teria custado R$ 100 mil aos cofres públicos, segundo vereadores. Foto: Dhyeizo Lemos / Semcom
Segundo publicações do próprio prefeito nas redes sociais, o objetivo da viagem era a participação dele em uma maratona de corrida, o que não repercutiu de forma positiva pelos parlamentares.
O vereador Rodrigo Guedes disse que faltou transparência sobre os gastos, por parte da prefeitura, além da viagem, segundo ele, não trazer benefícios à população manauara.
“Não existe isso no serviço público, tudo precisa de contrato, tudo para ser orçado. E tudo precisa de formalidades, não existe contrato verbal na administração pública. O que se percebe na verdade é que o prefeito foi curtir a vida com dinheiro público, enquanto por exemplo nossos atletas aqui em Manaus não têm acesso para disputar competições nacionais e internacionais representando nossa cidade, porque a prefeitura não dá passagem para absolutamente ninguém”, disse.
Por meio de nota, a prefeitura justificou que a viagem foi para divulgar a maratona Manaus 2022, que vai ser realizada no mês de outubro, e assim, conseguir atrair maratonistas estrangeiros para dar mais visibilidade ao esporte na capital amazonense.
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Na avaliação do cientista político Helso do Carmo, a falha da prefeitura foi não ter comunicado publicamente de maneira antecipada os detalhes da viagem.
“Isso poderia ser minimizado ou mesmo evitado se ele tivesse antes da partida determinado quais pessoas iriam e quais os custos existentes. É digno de aplausos a atitude de fomentar a vinda de pessoas para que possam participar da maratona de Manaus, que vai ter em Outubro. E aí é um momento ímpar, uma maratona das mais importantes do mundo para difundir esta atividade. O problema que ficou meio nebuloso”, explicou.
Se esses detalhes das despesas não forem divulgados, o prefeito pode ter as contas reprovadas, ou seja, poderá responder criminalmente.
Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar