Os autotestes já são liberados em vários países, como os Estados Unidos e em integrantes da União Europeia. O avanço da variante Ômicron pelo Brasil e o aumento do número de casos fez o Ministério da Saúde solicitar à Anvisa a liberação desses tipo de testagem. A decisão pela aprovação da medida aconteceu na última semana. De acordo com a relatora do processo na entidade, Cristiane Jourdan, essa é uma estratégia eficiente para o controle da pandemia.
No Brasil é realizado três tipos de testes: o RT-PCR, o antígeno e o exame sorológico. O autoteste aprovado no Brasil é o do tipo antígeno. A Anvisa estabeleceu algumas regras, entre elas a comercialização presencial e virtual apenas por farmácias e estabelecimentos de saúde. O SUS e as empresas também poderão comprar e distribuir autotestes. Mas antes mesmo da reunião da Anvisa que terminou na autorização, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, adiantou que o autoteste não será disponibilizado pelo SUS.
A recomendação é que os autotestes sejam utilizados entre o 1º e 7º dia de sintomas, além daqueles casos de contato com alguém que teve resultado positivo para a Covid-19. Caso confirme a suspeita, a pessoa deve se isolar imediatamente, mesmo se não apresentar sintomas. Além disso é recomendado pela Anvisa usar máscara e procurar uma unidade de atendimento de saúde para confirmar o diagnóstico, bem como fazer as notificações pertinentes.
A diretoria da entidade ainda estabeleceu requisitos para os fabricantes que entrarem com pedido de registro, como apresentação clara das instruções para uso, guarda e descarte, bem como um canal de atendimento para orientar os consumidores e tirar dúvidas. A expectativa é de que o valor do autoteste fique em torno de R$ 40 à R$ 70. Apesar da Anvisa não ter poder de estabelecer preços máximos de dispositivos médicos, o diretor Rômison Rodrigues Mota alertou que os Procons precisam atuar de forma enfática para combater os preços abusivos.
Como em qualquer medicamento ou procedimento médico, há possibilidade de eventos adversos com os autotestes. Nesses casos a pessoa deve comunicar o serviço de atendimento do fabricante ou fazer uma notificação no site da Anvisa.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
Foto: Breno Esaki – Agência Saúde DF