Fome e pandemia, a população brasileira vive dias difíceis. Este problema crônico voltou a apresentar crescimento e o Norte, de acordo com o IBGE, é a região com mais domicílios que apresentam  insegurança alimentar grave. São mais de 17 milhões de pessoas nesta situação na região mais verde do país. No Amazonas, a fome afeta 2,7 milhões de indivíduos. O sociólogo Marcelo Seráfico relata que a realidade do amazonense é resultado de uma série de fatores.

Apesar dos auxílios concedidos ao longo de 2021 pelos governos federal, estadual e municipal isso não foram suficientes para amenizar os problemas com a alimentação. O Programa Mesa Brasil Sesc ajudou os amazonenses a enfrentar essa realidade dura e difícil de colocar o alimento no prato. Em 2021, a iniciativa entregou quase 3 milhões de quilos de alimentos para instituições sociais que atendem pessoas em situação de insegurança e vulnerabilidade social. Como explica a Kelly Brandão, assistente social do programa.

Nesta semana, o governador Wilson Lima anunciou que serão abertos mais 22 restaurantes Prato Cheio no Amazonas, sendo quatro em Manaus e 18 no interior. Nestes locais são disponibilizadas refeições ao preço simbólico de R$1.

Em Manaus, a Prefeitura também possui um programa para diminuir a vulnerabilidade alimentar, o Prato do Povo. Muitos amazonenses dependem das iniciativas públicas e privadas voltadas a alimentação para sobreviver. É o caso da Fabiana Nascimento, frequentadora do restaurante popular do conjunto residencial Viver Melhor – Etapa I.

Em dezembro de 2020, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional já apontava que mais de 116 milhões de pessoas vivia, em algum grau de insegurança alimentar. Desse total, 43,3 milhões não tinham alimentos suficientes e 19 milhões passavam fome.

Tania Freita – Rádio Rio Mar

Foto: Reprodução/iStock