Pesquisa da Unicamp comprovou a eficácia da aplicação do teste de HPV baseado em DNA para rastreamento do câncer de útero como o mais eficaz na detecção da doença. Entre as mulheres que fizeram o teste de DNA-HPV o diagnóstico foi antecipado em dez anos, ainda em estágios iniciais. O comparativo é com o exame Papanicolau, que identifica as células já doentes. O estudo foi feito na cidade de Indaiatuba, São Paulo, entre 2017 e 2020, com cobertura de 80% da população-alvo. Durante o programa, 86,8%dos testes tiveram resultado negativo e 6,3% tiveram indicação de colposcopia. A opção de detectar antes de virar uma lesão em muitas mulheres, o próprio câncer, é um avanço positivo para o diretor-presidente da Fundação Cecon, Gerson Mourão.
Para o diretor da FCecon, o teste de DNA seria a melhor escolha para o Amazonas que com as suas dimensões geográficas tem problemas com o diagnóstico precoce do câncer uterino. A doença gera preocupação devido a taxa de casos de 102,3% maior que a média brasileira. Com a verba de emendas parlamentares a FCecon pretende criar um Centro Avançado de Prevenção deste tipo de câncer.
A vacina do HPV começou a ser aplicada em 2014 em crianças e adolescentes de 9 a 15 anos. Ela diminui a circulação do vírus, dificultando o rastreamento pela citologia. Com a vacina este público-alvo estará imunizado e o Papanicolau não vai conseguir detectar nada nessa população futura, vai ter que fazer um teste de HPV-DNA. Daí a importância da vacina como alerta Gerson Mourão.
A adolescente Renata Yasmin Oliveira já recebeu a vacina do HPV e sabe da relevância do seu ato.
A vacina do HPV está disponível na rede municipal de saúde.
Tania Freitas- Rádio Rio Mar
Foto: Antonio Scarpinetti