A redução no número de casos e internações por conta do novo coronavírus no Brasil permitiu a flexibilização de medidas de restrições em vários Estados. Fato que impulsionou a busca por viagens nas férias. Mas o sonho durou pouco tempo para Marcela Almeida, que mesmo com duas passagens em aberto teve que adiar a viagem em família agendada para dezembro. O valor da hospedagem e dos demais custos, bem como as dívidas, mudaram os planos.
De agosto para setembro houve um reajuste de 1,32% nos valores de hospedagem e em um ano de 2,65%. A alta nos preços de diversos serviços turísticos é reflexo do avanço na vacinação e do aumento da demanda. Cenário favorável para as empresas do segmento reajustarem preços e recompor receitas após os impactos do isolamento social provocado pela crise pandêmica, como explica o economista Ailson Rezende.
Outro fator que amargou o planejamento de muitos é a passagem aérea por conta do reajuste de 57%. Aumento impulsionado pelo preço do querosene da aviação, que subiu 91,7% no segundo trimestre deste ano.
A melhor receita é o planejamento, como fez a Barbara Santos. Com as passagens compradas há oito meses para o Rio de Janeiro, teve que reduzir de 12 dias para uma semana as férias com a família de cinco pessoas, tudo para caber no bolso os custos com passeios e hospedagem.
Quem pretende viajar ainda tem que se programar quanto a alimentação, em um ano o aumento, de acordo com a inflação medida pelo IPCA, chegou a 7,38%.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil