Até que ponto estamos dependentes da conexão com a internet? Em algumas horas de redes sociais e outros serviços digitais fora do ar foi possível perceber o quanto o cotidiano é impactado por uma pane no sistema que rege a maioria da comunicação online no mundo.
O e-commerce que é um dos mercados emergentes desta geração acaba sendo afetado sem o serviço de compras online no Instagram, por exemplo.
A explicação geral divulgada ainda pela tarde, pelos serviços de Mark Zuckerberg é de que estavam trabalhando para voltar ao normal o mais breve possível.
Enquanto isso, quem trabalha nas redes sociais teve que esperar. A empresária Ana Julia Porto tem uma floricultura diz que atualmente 30% da renda da loja vem das vendas online.
“Geralmente eu recebo encomendas por WhatsApp, venda online. Muitos clientes preferem fechar a venda pelo WhatsApp e não pelo site, então eu estava sentindo falta disso e não entendi o que estava acontecendo. O uso de WhatsApp e Instagram pra mim são fundamentais para a minha empresa”, observou a empresária.
Sem conexão, Ana Julia acabou ficando incomunicável com a funcionária da loja física enquanto esteve fora.
“A minha funcionária fica na loja e eu fico resolvendo as coisas fora. Então, até pra eu ter essa gestão remota da minha empresa fica complicadíssimo. Então vou ter que ir lá ver como que está tudo”, afirma Ana Julia.
A psicóloga Conceição Felix, analisou a situação e constatou um aumento da ansiedade e conflito com o ócio por não ter acesso.
“As pessoas sentiram que não tinham o que fazer porque não tinham acesso à rede social, então trouxe aí uma ansiedade. Sem saber o que fazer eu vou procurar o que fazer e não vou encontrar o que fazer. Então eu percebi que as pessoas ficaram agitadas hoje, pontua a psicóloga.
A longo prazo a psicóloga considera que em uma situação permanente, as pessoas se adaptariam, mas com impactos na saúde mental sem o uso das redes sociais.
Uma pesquisa realizada pelo Bigdatacorp aponta que atualmente 70% das lojas on-line tem perfil em pelo menos uma rede social. A pesquisa indica ainda que este ano foram registradas mais de 1milhão e meio de lojas on-line, 22,05% a mais que 2020.
Vitória Lima – Rádio Rio Mar
Foto: Reprodução/Internet