Influenciadora digital é indiciada por tortura física e psicológica contra o filho de 3 anos

A influenciadora digital de 27 anos que gravou dois vídeos agredindo o próprio filho de três anos de idade foi afastada temporariamente do convívio da criança e foi indiciada por tortura física e psicológica. Ela não teve o nome revelado. A criança foi encaminhada a um abrigo provisório para resguardar a sua integridade, mas o Juizado da Infância ainda vai avaliar o caso.

Segundo a delegada Joyce Coelho, titular da Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente), a mãe estava em São Paulo quando a polícia recebeu os vídeos. Quando ela retornou de viagem, foi chamada a prestar depoimento e confessou as agressões, pois estaria sofrendo pressão psicológica do ex-companheiro e enviava os vídeos das agressões para atingi-lo. A criança morava só com a mãe e o pai mora na capital paulista e vai ser ouvido.

O caso começou a ser investigado após várias denúncias com as imagens das agressões.

“A gente começou as diligências para identificá-la e levá-la até a delegacia para que a gente tomasse essa providência urgente que era a retirada desse ambiente da criança, até para evitar. A gente percebe um desequilíbrio emocional muito grande na mãe que é a única pessoa que está cuidando dele, inclusive ontem ele chegou na delegacia com uma lesão na cabeça. Ela informou que ele sofreu uma queda e que ontem ele tinha passado por um SPA”, disse a delegada.

Mais um caso de violência

Outro caso é de uma criança de 9 anos que sofria abuso sexual do primo, de 26 anos. Ele foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. A Polícia Civil resgatou a criança na escola, depois que o irmão acionou a Delegacia. Ela foi ouvida e confirmou os abusos.

“É uma menina de apenas 9 anos de idade que estava quase convivendo maritalmente com esse primo, que mora no mesmo terreno da família com a conivência do pai da menina. Havendo indícios de que não era só ele que abusava sexualmente dessa criança, considerando que há suspeitas que o pai dessa menina a explora sexualmente, cedendo para outros homens mediante pagamento”, afirmou.

A menina está sob os cuidados de uma irmã mais velha.

Denúncia

Nos dois casos, as crianças foram retiradas do ambiente de violência por causa das denúncias de familiares ou quem testemunhou a agressão.

Somente nos primeiros cinco meses de 2021, o serviço emergencial 190 recebeu 1.600 denúncias relatando abusos cometidos contra crianças e adolescentes em Manaus. Os relatos mais frequentes são abandono de incapaz, agressão, estupro de vulnerável e cárcere privado.  Para situações emergenciais, a orientação é ligar para o 190, do Centro Integrado de Operações de Segurança.

Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação / SSP