A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) encaminhou ofício ao Ministério Público do Estado (MPAM) pedindo proteção para pessoas que receberam ameaça de morte em Tabatinga, após uma série de homicídios em junho deste ano.
Os defensores afirmam no documento que é necessária a inclusão das pessoas no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (PROVITA).
Em outro ofício, encaminhado ao MPAM e à Delegacia de Polícia Civil em Tabatinga, a Defensoria pediu que seja informada de todos os atos da investigação que envolvam oitiva de familiares e vítimas, para prestar assistência.
Conforme o ofício enviado à 3ª Promotoria de Justiça, em Manaus, o município enfrenta uma onda de violência após a morte do sargento da Polícia Militar, Michael Flores Cruz, no dia 12 de junho, em uma troca de tiros. Ao menos sete pessoas foram assassinadas.
Ainda segundo o documento, os corpos de três das vítimas foram encontrados no lixão do município, o que causou indignação e medo na população. Noticiários e informantes anônimos declaram que várias das mortes violentas ocorridas neste período seriam decorrentes de retaliações por parte dos policiais militares.
Além dos assassinatos, há ameaças de morte. Pessoas que saíram recentemente do presídio para cumprirem pena em regime semiaberto e as que foram soltas para responderem ao processo em liberdade provisória relataram à Defensoria Pública ameaças de morte que receberam por parte de policiais.
Apuração
A DPE-AM informa que foi procurada pela Human Rights Watch, uma organização internacional não governamental que investiga e denuncia violações de direitos humanos, revelando profunda preocupação com os fatos ocorridos em Tabatinga e requisitando, ainda, que as autoridades locais tomem as providências necessárias.
Fonte: DPE-AM
Foto: Divulgação