O Ministério Público Federal (MPF) apresentou manifestação à Justiça Federal requerendo a retomada da vacinação de mulheres grávidas e puérperas, mães com até 45 dias após o parto, sem comorbidades, como parte do grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19, em Manaus.
A aplicação de vacinas em pessoas deste grupo foi iniciada em 11 de maio, considerando a baixa procura pela vacinação de grávidas e puérperas com comorbidades, e suspensa no mesmo dia, após orientação do Ministério da Saúde.
A medida considerou o comunicado publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que determinava a suspensão da vacinação de gestantes com a vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz, como medida de precaução e com base na insuficiência de dados relacionados à segurança de uso por gestantes disponíveis até o momento.
O MPF destaca, na manifestação judicial, que a determinação da suspensão das vacinas em grávidas e puérperas sem comorbidades decorre da investigação de evento adverso grave em paciente gestante e que o comunicado da Anvisa aponta para possível associação da ocorrência de tromboses com vacinas que utilizam adenovírus como plataforma, como a vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz e Janssen, sem fazer menção a restrição de aplicação das vacinas Butantan/CoronaVac ou Pfizer/BioNTech a este grupo.
O Ministério da Saúde continua recomendando a aplicação de vacinas Butantan/CoronaVac ou Pfizer/BioNTech a gestantes ou mulheres em pós-parto que tenham comorbidades. Para o MPF, não há razão para proibir o prosseguimento da vacinação se a aplicação destas vacinas é comprovadamente segura mesmo para aquelas com comorbidades.
O documento apresentado pelo MPF aguarda análise da Justiça Federal, em tramitação na 1ª Vara Federal no Amazonas.
Fonte: MPF
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