O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nessa quinta-feira, a Operação Arrocho da Lei, contra uma organização criminosa envolvendo policiais civis e militares que se apoderavam de drogas de traficantes para revendê-las. Em uma das ações o grupo se apoderou de mais de meia tonelada de drogas da organização criminosa Comando Vermelho.
Foram presos um Coronel da Polícia Militar, um ex-policial militar e um investigador da Polícia Civil. O quarto mandado de prisão temporária ainda não foi cumprido. Também foram levados a cabo 10 mandados de busca e apreensão.
De acordo com o Promotor de Justiça Armando Gurgel, é uma investigação complicada e que uma pessoa pode ter sido morta como queima de arquivo ou vingança da facção criminosa.
A operação foi deflagrada a partir de investigações de casos de homicídios ocorridos em janeiro e fevereiro de 2021, em que as vítimas foram expostas com cartazes nos quais se dizia que o Judiciário, a Polícia e o Ministério Público sabiam que uma série de “arrochos” estava acontecendo. Na gíria do mundo do crime, “arrocho” significa a atuação distorcida de policiais.
Segundo o Promotor de Justiça Edinaldo Medeiros, a participação de um Policial Militar de alta patente, um Coronel da ativa, revela elevado potencial de dano à sociedade, por tratar-se de alguém com voz de comando, acesso a informações privilegiadas, acesso liberação de armas.
Fonte: MPAM
Foto: Divulgação/MPAM