O ex-secretário de infraestrutura do Amazonas e da região metropolitana de Manaus na gestão de Amazonino Mendes, Oswaldo Said Júnior, e o atual secretário de administração penitenciária de Wilson Lima, Marcus Vinícius Oliveira de Almeida, se tornaram alvos de investigações do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM).
Na última quarta-feira (30/03), o MPE informou, em diário eletrônico, que abriu inquérito civil para apurar possíveis irregularidades cometidas pelos dois, em gestões e anos distintos.
O MPE apura se houve fraudes, como superfaturamento, nas licitações que terminaram com a contratação pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) do Consórcio D&M (formado pelas empresas DR7 Serviços e Pontual Serviços), por R$ 29.058.455,57, para asfaltamento na zona leste de Manaus, e também da empresa CDC Empreendimentos, pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus (SRMM), para asfaltamento na zona oeste da capital, ambas em 2018; além da RH Multi Serviços Administrativos, em 2020, pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por R$ 683.401.713,32, para operacionalização na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), de 01/08/2020 a 01/08/2025.
Procurada pela Rádio Rio Mar, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que não vai se pronunciar porque ainda não foi notificada pelo MPE.
A Rádio Rio Mar também procurou as empresas RH Multi Serviços Administrativos, DR7 Serviços, Pontual Serviços e CDC Empreendimentos, através de e-mails e telefones cadastrados na Receita Federal. Nenhuma delas se pronunciou até às 5h desta segunda-feira (05/04).
A reportagem não conseguiu contato com Oswaldo Said Júnior.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Governo do Amazonas/Divulgação