Homem é preso por vender cirurgia dentro de hospital público, em Manaus

A Polícia Civil do Amazonas, por meio da equipe de investigação do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), investiga Sérgio Cerqueira Lima, 56, pelo crime de estelionato envolvendo venda de cirurgia na Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus.

Conforme o delegado Marcos Arruda, titular do 1º DIP, o indivíduo foi detido por volta das 9h, desta quarta-feira (14/10), por uma guarnição da Polícia Militar (PM-AM), na própria fundação Adriano Jorge.

Ainda segundo o delegado, o delito ocorreu no dia 24 de junho deste ano. Na ocasião, um idoso de 60 anos foi vítima do estelionato, após realizar um pagamento solicitado por Sérgio, o qual prometeu facilitar a realização de uma cirurgia na unidade hospitalar.

O idoso, então, fez um pagamento de R$ 800, e na quarta-feira, dia 14 de outubro, ele foi informado de que a cirurgia não estava marcada. Então, percebeu que havia sido vítima de um golpe.

“O idoso identificou o autor, que por coincidência, também estava no hospital naquele momento. Ao chegar na unidade policial, foi registrado o Boletim de Ocorrência (BO) pelo delito de estelionato. As partes foram ouvidas e as investigações prosseguem para melhor esclarecer o fato e determinar a efetiva responsabilidade penal, caso seja esse o resultado”, explicou Arruda.

Para o diretor e presidente da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), Ayllon Menezes Oliveira, foi iniciada uma campanha dentro do hospital para justamente banir e impedir essa prática de vendas de cirurgias, além de impedir também a venda de consultas. As pessoas que fossem abordadas nos corredores, poderiam denunciar na direção do hospital, e através disso, Sérgio foi identificado.

“Ele vinha trabalhando para venda de cirurgia na fundação. Foi abordado dentro da instituição realizando isso. O paciente que fez a compra também estava presente, fez a denúncia e nós conseguimos detê-lo em flagrante. Nós sabemos que em hospital público não pode ser cobrado nenhum procedimento, seja ele ambulatorial, cirúrgico ou de qualquer natureza. Não paguem, denunciem! Precisamos que vocês denunciem”, disse Menezes

Denúncias – Às pessoas que foram ou forem afetadas por esse golpe, ou até mesmo souberem sobre esse crime, podem denunciar na direção do hospital ou na delegacia mais próxima. Em casos de vítimas que não querem se identificar, a fundação e a Polícia Civil garantem todo sigilo.

 

Da redação – Rádio Rio Mar

Foto: PC AM