Resultado da apreensão de 8 mil metros cúbicos de madeira em 461 contêineres, em Manaus, em dezembro de 2017, a Operação Arquimedes já denunciou 22 acusados de praticar corrupção, fraudes e irregularidades ambientais na Amazônia. Apenas a primeira petição apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF ) à Justiça tem 1.496 páginas.
As provas e evidências são tantas que alguns dos envolvidos devem responder por mais de 40 atos ilícitos e as informações sobre a operação passaram a ser armazenadas, a partir de hoje, 25, em um sitio eletrônico exclusivo dentro do site do MPF, na aba ‘Grandes Casos’.
Entre os acusados pelo Ministério Público estão o ex-diretor jurídico do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), Fábio Rodrigues Marques, e o ex-gerente de controle florestal, Antenor de Melo Neto. Conforme a denúncia, eles impulsionavam processos administrativos de empresários e madeireiros integrantes do esquema criminoso. Além deles, 18 fiscais, analistas e técnicos criavam dificuldades e trabalhavam com lentidão proposital para, depois, pedirem propina. Esta acusação do MPF tem como base escutas telefônicas.
Segundo a denúncia, os agentes públicos viabilizavam fraudes em planos de manejo florestal e na documentação de transporte da madeira extraída irregularmente de terras públicas federais, como unidades de conservação, assentamentos de reforma agrária e terras indígenas. Os principais destinos da madeira ilegal eram os Estados Unidos, a Europa (com entrada através de portos na Alemanha, Holanda e Bélgica) e a Ásia.
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Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Bruno Elander