Nessa segunda-feira (22), a Justiça do Amazonas anulou o processo contra os réus envolvidos na morte da empresária e ex-sinhazinha do boi Garantido, Djidja Cardoso, após acolhimento do recurso da defesa. A decisão ocorreu após o Ministério Público reconhecer uma falha na condução do caso e pedir que ele voltasse à primeira instância.
O julgamento ocorreu de forma virtual. Na ocasião, os advogados de defesa apresentaram verbalmente os argumentos para justificar o pedido de anulação do processo e liberdade. O caso foi relatado pela desembargadora Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques.
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) apontou cerceamento de defesa, já que os advogados não foram informados sobre a inclusão dos laudos periciais antes da sentença. Por isso, o órgão pediu que o processo volte à primeira instância, com anulação parcial dos atos já realizados.
Os réus haviam sido condenados em dezembro de 2024.
Relembre o caso
Segundo a investigação da polícia, a família de Djidja fundou o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado de cetamina, droga sintética, conhecida por causar alucinações e dependência.
Além da mãe e do irmão de Djidja, estão presos um coach, o proprietário e o sócio de uma clínica veterinária suspeita de fornecer a substância ao grupo.
Em junho de 2024, o MP-AM, representado pelo promotor André Virgílio Betola Seffair, denunciou o grupo por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Na denúncia, o promotor afirmou que Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, estava no núcleo central do esquema de tráfico de entorpecentes.
Dos sete condenados, apenas Verônica e Bruno Roberto, que estão em liberdade provisória, poderão recorrer em liberdade. Já os demais, seguem em regime fechado até que o STJ aceite ou não o pedido de habeas corpus.
O juiz também absolveu por insuficiência de provas os réus Emicley Araujo Freitas Júnior, ex-funcionário da clínica que fornecia a droga, Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas, ex-funcionários do salão de beleza da ex-sinhazinha.
Com informações da assessoria
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