Manaus, a maior cidade da Amazônia, enfrenta um grave problema ambiental com a poluição dos igarapés que cortam a cidade. Os igarapés da capital, que deveriam ser fontes de vida e biodiversidade, têm se transformado em verdadeiros depósitos de lixo. A maior parte desses resíduos inclui plásticos, metais, restos de construção e até mesmo eletrodomésticos descartados de maneira inadequada.
A origem do lixo pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo a falta de infraestrutura adequada para a coleta de resíduos, a ausência de educação ambiental e o comportamento inadequado dos moradores.
Durante a apresentação de implantação do Plano de Contingência para enfrentamento de desastres naturais em Manaus, o Prefeito David Almeida destacou que 70% dos lixos que poluem os igarapés da cidade, não são produzidos nas embarcações, são da área urbana da cidade.
A poluição dos igarapés tem sérios impactos ambientais. O acúmulo de lixo compromete a qualidade da água, afetando diretamente a flora e a fauna aquáticas. Espécies de peixes, aves e plantas nativas sofrem com a degradação dos seus habitats.
Além disso, a poluição dos igarapés contribui para a disseminação de doenças entre a população humana, uma vez que a água contaminada pode se infiltrar em poços e outras fontes de abastecimento, como explica a geóloga e membro do grupo de trabalho de águas subterrâneas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA – AM), Fabiola Bento.
Para combater esse problema, é ideal que se comece pelas ações básicas de conscientização, educar a população sobre a importância do descarte correto dos resíduos.
Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar