A Colônia de Pescadores Z-32, localizada dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no município de Maraã, foi a primeira a ser beneficiada com a pesca manejada de larvas e alevinos para fins ornamentais. A autorização foi concedida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Esta é primeira liberação concedida por órgãos ambientais do país.
O pioneirismo da concessão é visto como uma opção sustentável pelo diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente.
A autorização, que possui prazo de 30 dias, vencerá no dia 31 deste mês e devido as condições naturais, os pescadores solicitarão uma ampliação do prazo para a captura de algumas espécies. Isso deve acontecer porque o cenário encontrado em Maraã não foi favorável aos pescadores: o rio começou a secar, fenômeno incomum para o período do ano, que deveria ser de muitas chuvas e, consequentemente, cheia dos rios.
Devido ao nível baixo da água no município, muitas aruanãs não entraram no ciclo de desova e as que conseguiram, ainda não tiveram os ovos eclodidos. Como explica Nonata Lopes, analista ambiental da Gerência de Controle de Pesca do Ipaam.
O Instituto Mamirauá lidera uma pesquisa científica sobre o manejo sustentável da aruanã para fins ornamentais há 10 anos. A meta é inibir a exploração comercial ilegal e predatória. O peixe está na lista dos mais consumidos no Amazonas. Porém, de acordo com o Ipaam, sempre esteve na mira do mercado de peixes ornamentais.
Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação / Ipaam