O Acre enfrenta uma cheia histórica este ano. Por lá, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. O problema também tem afetado o município amazonense de Boca do Acre, que fica na divisa com os dois Estados. Com a subida das águas, a Defesa Civil de Boca do Acre tem registrado queda de encostas e deslizamento de terras. No bairro Praia do Gado, duas casas foram arrastada pela correnteza do Rio Acre e Rio Purus. Famílias estão isoladas em bairros afetados pela enchente. Quem decide se manter em casa tem que conviver com o aparecimento de animais peçonhentos que surgem com a subida da água, como afirma a agricultora, Antônia Mariano.
De acordo com a Defesa Civil do Município de Boca do Acre o nível do Rio Acre está diminuindo. Mesmo assim, a enchente está acima da média para o período. A cheia na região de Boca do Acre é a segunda maior dos últimos 27 anos. Por isso, diversas ruas estão alagadas. Para sair de casa, a aposentada Maria Soares precisa caminhar na água barrenta, na altura das pernas.
A Defesa Civil do Amazonas diz que a cheia do Rio Purus chega no pico de cheia nos próximos dias. Segundo Igor Jacaúna, servidor da Defesa Civil, os Rios na divisa do Acre só vão começar a descer no mês de abril, mas até lá, há possibilidade de repiquete.
E as condições climáticas para a região de divisa com o Estado do Acre mostram que há uma grande incidência de chuvas naquela região, o que pode agravar ainda mais, a situação da enchente.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
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