Audiência Pública no Senado discute exploração de potássio em Autazes

Uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado discutiu, nesta terça-feira (21), o potencial e os desafios da exploração de potássio no Brasil. O presidente da empresa Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, que instalou um projeto de exploração no município de Autazes, no Amazonas, aproveitou o encontro com maioria de parlamentares da bancada ruralista, para fazer lobby pela Licença de Instalação junto ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e pelo redirecionamento de todos os processos legais da justiça federal do Estado do Amazonas para o Tribunal Regional Federal (TRF-1) da 1ª região, em Brasília.

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Isso porque há, segundo o ex-advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena, duas ações na Justiça proíbem a emissão de licença ambiental para a exploração de potássio em Autazes. Uma delas é para definir de quem é a competência para expedir a licença, pois se o projeto incluir áreas indígenas, precisa de aprovação do Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama). Caso contrário, a responsabilidade é do Ipaam.

O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, prometeu inúmeros benefícios às populações tradicionais do entorno do campo de exploração, em Autazes. Os principais são: beneficiar mais de 200 mil pessoas com uma linha de transmissão de energia elétrica de 160 quilômetros; estrada pavimentada de 12 km ligando a Vila de Urucurituba ao Lago do Soares; um porto na margem esquerda do rio Amazonas, próximo à Vila de Urucurituba; 1,3 mil empregos diretos e 13 mil indiretos; suprimento de água potável durante a estiagem; distribuição de refeições e acompanhamento escolar para crianças e adolescentes.

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Otimista com as promessas da empresa, o representante do Conselho Indígena Mura na audiência, Kleber de Almeida Prado, defendeu a exploração do potássio pela empresa em Autazes.

A Potássio do Brasil diz que já investiu 230 milhões de dólares em pesquisa minerais, compra de terra, sondagens geológicas, e estudos ambientais e de engenharias na região de Autazes. Afirma ainda que o campo de exploração tem 13 km de comprimento e 10km de largura e que o potencial da mina é de produzir 2,2 milhões de cloreto de potássio granulado por ano (fertilizante). Promete ainda que não será preciso desmatar, porque o terreno é uma área de pastagem.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação/Potássio do Brasil