O número de botos encontrados mortos em Coari, no Amazonas, subiu para 101, de acordo com a presidente da ONG Sea Shepherd, Nathalie Gil. Os pesquisadores investigam se há relação entre as mortes e a seca histórica de 2023. A vazante deste ano continua castigando o Estado. Embora os rios Negro e Solimões tenham dado sinais de melhora com a subida das águas, todas as 62 cidades do Amazonas, incluindo Manaus, estão em emergência.
Em Coari, a 360 quilômetros da capital, 98 botos, como são chamados os golfinhos de água doce, apareceram mortos no Rio Solimões em menos de 30 dias. Há duas semanas, uma equipe de pesquisadores liderada pela Universidade Federal em Coari (Ufam/Coari) encontrou 23 carcaças, a maioria de botos-vermelhos (Inia geoffrensis). No início desta semana, a cidade já registrava 79 animais mortos.
Segundo o ICMBio, os casos podem estar relacionados com a seca extrema que atinge a região. Uma operação de emergência está sendo realizada para tentar entender o motivo das mortes. Entre setembro e outubro, 153 botos morreram em Tefé, outra cidade do Amazonas. Nesse município, o número também subiu para 155 mortes, conforme boletim divulgado na segunda-feira (13). Os animais encontrados mortos são das espécies botos-vermelhos (Inia geoffrensis) e tucuxis (Sotalia fluviatilis).
Com informações da Assessoria do Instituto Mamiarauá – Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
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