352 anos de Manaus: a cidade dos sonhos pensada no agora para um futuro melhor

Se você tivesse um sonho, qual seria? A Manaus que você quer é um sonho distante ou está onde você gostaria que estivesse? Como em uma cápsula do tempo, a cidade que você conheceu há 50, 40, 30, 20 ou mesmo há 10 anos, não é a mesma de agora. O que mudou?
Em seus 352 anos a capital do Amazonas se reinventou, passou por desafios econômicos, históricos e nos dois últimos anos, pandêmicos. A sua população, conhecida pela maneira de acolher, se isolou, em luto. Mas acreditou em dias melhores em 2020 e este ano ainda acredita.


Afinal, qual é a cidade do futuro? O que vem depois dos dias difíceis? Construir uma cidade é um papel de todos, enquanto cidadãos e Poderes. José Henrique de 7 anos, tem um sonho simples, mas que faz toda a diferença se começar a praticar desde agora.

“Eu sonho para Manaus ser melhor, inventarem um lugar que joguem na lata de lixo, um lugar que tem todas as lixeiras de tipo”, afirma José Henrique ao defender o cuidado com o meio ambiente.

Preservar a cidade hoje, é pensar no futuro. Manaus é uma metrópole regional, localizada no centro da Floresta amazônica e por sua influência e geolocalização, já vivenciou muitas crises desde sua fundação, como relembra o historiador Leonardo Rodrigues.
“Infelizmente acostumados a vivenciar crises, desde ali do advento do período áureo da borracha 1870. Manaus vivenciou quase 30 anos de uma malograda crise econômica que fez dela uma cidade pequena, quase provincial, até chegar em 1957 com a criação da Zona Franca com o projeto de Juscelino Kubitschek que teve a sua grande instalação na Ditadura Militar na década de 60”, relembra o historiador.
E mesmo sendo contraditória como os registros apontam, para Leonardo, os fatos e a reafirmação enquanto povo manauara impulsionam Manaus a um futuro melhor.

“E eu acredito como historiador de que o futuro da cidade está nas mãos   dessa reafirmação, dessa grande reafirmação histórica. Dessa cidade formada por povos indígenas, povos negros, pelos imigrantes portugueses, por outros imigrantes latinos, e essa grande miscelânea, esse grande mosaico que é a cidade de Manaus” destaca Leonardo.
Jhulia Vitória de 7 anos enxerga o futuro de uma cidade dos sonhos em equilíbrio com brincadeiras e educação.
“Eu queria que a nossa cidade tivesse menos carros, menos perigo e menos violência, mais espaço para as crianças brincarem, porque a gente não pode nem brincar na frente de casa e na rua porque é perigoso. Queria que tivesse mais a prática de esportes, materiais de arte e ética. E também muitos livros para desenvolver a mente da criança e praticar a leitura”, deseja Jhulia.
E você? Já sonhou com a Manaus que quer para o futuro? O que você fez ou faz para chegar lá?

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Vitória Lima – Rádio Rio Mar

Foto: Daniele Maia/Arquivo pessoal/Manaus de Antigamente