Comunidades rurais do baixo e médio Rio Juruá ajudam a proteger a biodiversidade e trabalham para preservas as tartarugas da Amazônia, tanto que, esta semana, os ribeirinhos participam da soltura de mais de trinta mil filhotes de quelônios. A reintrodução dos quelônios aconteceu em uma praia da região do Rio Juruá, que fica 671 quilômetros de Manaus. O objetivo é preservar a espécie ameaçada e repovoar a região de um animal que, mesmo proibido, é muito capturado por pescadores, como explica Sandro Macedo, que ajuda no trabalho de preservação das tartarugas e tracajás no Rio Juruá.
O trabalho de reintrodução dos quelônios começou entre os meses de junho e setembro, quando as fêmeas começaram a desovar às margens do rio Juruá. Todo esse período foi acompanhado pelos comunitários, que realizaram a contagem das covas e dos ovos. Depois, os tabuleiros que ficam espalhados nas Unidades de Conservação, começam a fazer o processo natural de reprodução até a eclosão dos ovos.
Quando esses filhotes nascem, eles são realocados em tanques até atingirem tamanho ideal para a última etapa do processo, quando finalmente são soltos com segurança na natureza. Foi o que aconteceu essa semana, quando os filhotes de quelônios foram devolvidos a natureza. A soltura foi acompanhada pela estudante Suelen Lima, que mesmo pequena, já sabe da importância da preservação da biodiversidade amazônica.
Com a soltura, o trabalho dos agentes comunitários é monitorar a região para evitar a captura ilegal desses quelônios, como explica a agente do IBAMA, Noemia Soares.
De acordo com dados do Instituto Mamirauá somente em 2023, quase 300 mil quelônios foram soltos na natureza. Um esforço para garantir a reprodução natural das espécies e evitar a extinção das Tartarugas Amazônicas que viraram símbolo dos rios da região.
Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/Internet