No início do ano, entre janeiro e fevereiro, a pesca ilegal já deixava o sinal de alerta. Somente nos dois primeiros meses de 2021, foram 13,4 toneladas de pescado apreendidas, enquanto que no mesmo período de 2020 as ações policiais capturaram 1,6 tonelada de peixe sem licenciamento. Ou seja, um crescimento de 800%. Frente aos números, o Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Amazonas e a Dema – Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente, intesificaram as atuações de combate a este crime. O que resultou em uma redução de casos, mesmo assim, de janeiro a agosto foram apreendidas 28 toneladas de pescado ilegal. Porém, ainda que expressivo, nos distancia do recorde de apreensão registrado nos 12 meses de 2020, 96 toneladas.
Até agosto, a Dema instaurou 12 inquéritos policiais para apurar a prática de pesca ilegal. Uma boa notícia diante deste cenário preocupante, que envolve o meio ambiente, é o fato de que entidades socioassistenciais são beneficiadas com os peixes capturados durante as operações. No total, 50 entidades filantrópicas já foram beneficiadas. O delegado titular da Dema, Herbert Lopes, explica como funciona a doação da carga apreendida.
Uma das instituições beneficiadas com a doação da apreensão de pescado ilegal é o Instituto Mulheres Guerreiras. Localizado no bairro Japiim, promove assistência de saúde e educação para famílias em situação de vulnerabilidade. De acordo com a coordenadora da entidade, Marina Trajano, a junção de fiscalização e solidariedade faz a diferença na vida de diversas pessoas.
As entidades que desejem receber as doações de alimentos apreendidos podem comparecer à sede da Dema, nas dependências do 23º Distrito Integrado de Polícia, no bairro Parque Dez. Para aderir ao benefício as entidades precisam apresentar um requerimento solicitando a doação, além do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, endereço e nome de um responsável.
Tania Freitas – Rádio Rio Mar
Foto: IMG