A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, nessa quinta-feira (7), o Boletim Observatório Covid-19 que mostra os resultados positivos da vacinação na prevenção de formas graves e fatais da doença, refletidos na redução no número de casos e óbitos e na estagnação na taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) em patamares baixos, na maioria dos estados.
Segundo os pesquisadores, a população deve ter prudência e continuar usando máscara e mantendo as demais medidas preventivas, como higienização das mãos, distanciamento social e uso de álcool gel.
O Índice de Permanência Domiciliar se encontra próximo de zero desde o mês de julho. Isso significa que a intensidade de circulação de pessoas nas ruas é similar à observada no período pré-pandemia.
O documento alerta que apesar de muitas pessoas em circulação já terem sido imunizadas, as vacinas não previnem completamente a infecção ou a transmissão do vírus. Por isso, a recomendação é que, até que o país alcance um patamar ideal de cobertura vacinal, estimado em torno de 80%, as medidas de distanciamento físico e prevenção, além da adoção do passaporte vacinal, devem ser mantidas.
Os pesquisadores defendem também que atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação. Os cientistas que integram o Observatório Covid-19 avaliam que não é prudente, nem oportuno, “falar em prazos concretos e datados para o fim da pandemia”.
A mortalidade por Covid-19, atualmente, gira em torno de 500 casos por dia. O boletim sinaliza queda expressiva em comparação ao pico registrado em abril, quando foram notificados mais de 3 mil óbitos diários. Mas, apesar da retração, os números ainda demonstram que a transmissão permanece, além da incidência de casos graves que exigem cuidados intensivos.
Ao longo da última semana, foi registrada média de 16.500 casos confirmados e 500 óbitos diários pela doença. Conforme o boletim, isso mostra ligeira alta do número de casos (0,4 % ao dia) e queda no número de óbitos (0,7% ao dia). A circulação de pessoas nas ruas e a positividade de testes permanecem, contudo, elevadas.
Fonte: Agência Brasil
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