As duas primeiras semanas do protocolo de tratamento com cloroquina no hospital público de referência no combate ao coronavírus no Amazonas revelaram preliminarmente uma redução de 5% a taxa letalidade em pacientes em estado grave que usam o medicamento. As informações foram divulgadas pelo governo do Estado, nesta segunda-feira, 06/04.
Segundo o infectologista Marcus Vinícius Lacerda, da Fundação de Medicina Tropical, os critérios de uso da cloroquina ficam a cargo dos médicos, mas os dados coletados no Hospital Delphina Aziz revelam informações inéditas, como por exemplo, que a chance de pacientes morrerem com doses mais altas de cloroquina é mais alta do que com quantidades menores.
Marcus Vinícius ressalta que a dose mais baixa, que está sendo ministrada no Amazonas, inicialmente registou uma taxa de letalidade de 13%, enquanto em outros países, os relatos científicos foram de 18%.
O infectologista ressalta que as pessoas não devem procurar a cloroquina nas farmácias, pois ela não é um medicamento para imunidade, mas sim para tratamento de casos graves.
Segundo o governador Wilson Lima, o Covid-19 chegou ao Amazonas com uma carga superior ao observado na China, porque sofreu diversas mutações no caminho.
O protocolo vai continuar sendo aplicado no Estado e, segundo Marcus Vinícius, nenhum médico pesquisador foi contaminado até o momento, graças aos equipamentos de proteção individual produzidos pela Universidade do Estado do Amazonas.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
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