A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) ingressou com uma ação na Justiça na qual pede indenização de R$ 1 milhão por danos morais e mais R$ 100 em crédito para cada usuário por constrangimentos provocados no transporte público de Manaus. Os alvos são a Prefeitura de Manaus, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) e ao Sindicato das Empresas Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
Segundo a DPE-AM, na época, o sistema de bilhetagem eletrônica ficou instável e bloqueou carteirinhas Passa Fácil, interrompeu a integração temporal, impossibilitou a consulta de saldos e causou longas filas nos postos de atendimento do Sinetram. Os problemas foram causados pela mudança e atualização do software que mantém o serviço ativo.
Contudo, na ação civil pública, a DPE-AM mostra que o problema do ano passado não é um caso isolado. Conforme o defensor público Rodolfo Lobo, a Defensoria já havia recebido denúncias sobre descontos irregulares de créditos dos cartões Passa Fácil em 2018. Ele explica também para onde vai a indenização de R$ 1 milhão, caso a Justiça conceda.
Segundo o IMMU, em média 580 mil pessoas usam o transporte público de Manaus, todos os dias. Caso todas a pessoas façam jus ao crédito mínimo de R$ 100 solicitado pela Defensoria, Sinetram, IMMU e Prefeitura de Manaus podem ter que desembolsar quase R$ 60 milhões para pagar as indenizações.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/IMMU