O Ministério da Fazenda anunciou, durante um seminário em Pequim, no último dia 29/03, um acordo comercial entre os Bancos Centrais do Brasil e da China. O tratado prevê a desdolarização dos negócios entre os dois países, ou seja, as transações comerciais, entre Brasil e China vão ser realizadas sem o uso do Dólar, e com o Yuan, a moeda chinesa. A previsão é que o novo modelo de transação comece a vigorar a partir do segundo semestre de 2023.
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A China já fechou acordos semelhantes com mais de 25 países, como a Argentina e Rússia. Desde 2009, o país asiático é o maior parceiro comercial comercial do Brasil, exportando matéria prima, máquinas, componentes e outros produtos para as indústrias e o comércio brasileiro. O economista Eduardo Souza explica a finalidade das novas transações.
Em 2022, a soma das importações e exportações entre Brasil e China bateu recorde de US$ 150 bilhões, sendo 28 bilhões de superávit, ou seja, de lucro para o país latino-americano. A nação chinesa também é a principal parceira comercial de mais 139 países. O especialista avalia como positivo o acordo firmado entre os dois países.
A decisão da China em ampliar as transações na moeda própria, é fruto da Guerra na Ucrânia, que gerou sanções comerciais por parte dos Estados Unidos à Rússia. Ainda segundo o economista, os chineses visam expandir a influência do Yuan no mundo.
Nuno Lôbo – Rádio Rio Mar