O Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do Amazonas emitiu um comunicado sobre declínio de temperatura de 6 a 8 graus entre esta quinta e sábado em grande parte do Estado do Amazonas. As calhas que têm potencial de serem afetadas são Juruá, Purus, Madeira, Alto Solimões, Médio Solimões e Rio Negro, mais precisamente em São Gabriel da Cachoeira e Santa Izabel do Rio Negro.
O comunicado emitido nessa segunda-feira ainda não inclui Manaus, mas Kátia Cristina, que trabalha como Gari, já está na expectativa pelo friozinho. “Eu acho que estou preparada, prefiro frio do que calor. Lá em casa durmo com meia, roupa de frio por causa do ar condicionado. Com o frio, vou dormir mais ainda”, disse.
O cearense Antônio Carlos, que mora em Manaus há 30 anos, prefere o calor, mas está desconfiado se a friagem vem mesmo.
“Hoje em dia, o homem quer prever as coisas e tudo é o tempo de Deus. Tanto faz frio como calor e eu já estou acostumado com os dois. Está prevendo o frio para sexta e sábado, mas não perguntou para Deus se isso vai acontecer. Eu acredito no que Deus deixa escrito na bíblia dele, na sua palavra, isso aí sim”, informou.
Onda de frio no país
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a queda das temperaturas é provocada pela chegada de uma massa de ar frio no Sul e Sudeste, além de boa parte do Centro-Oeste e alguns estados do Norte e Nordeste. Nos Estados do Sul, por exemplo, pode nevar e há possibilidade de recordes de baixas temperaturas.
O chefe do Centro de Monitoramento e Alerta Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil estadual no Amazonas, Sgt Charlis Barroso, explicou que ainda não se trata de um evento extremo para região, mas pode mudar conforme a massa de ar polar avança pelo país
“A possibilidade da temperatura normal que a gente vive diariamente sofrer com essa massa de ar polar que está se deslocando e, hoje, está no Sul do Brasil e pode chegar até o Norte do Brasil”
Ações emergenciais
Há um mês, Manaus chegou a registrar 22 graus pela manhã, mas com sensação de temperatura mais baixa por causa do vento. A Defesa Civil diz que a expectativa é que seja algo semelhante. O comunicado é divulgado para que a Defesa Civil municipal se prepare para atender quem mais sofre: a população em situação de rua.
“Todos nós vamos sentir esse frio, porque não estamos acostumados a passar por uma situação como essa, mas eu e você podemos tirar o casaco que está escondido no fundo do guarda roupa. Tem uma população que não tem um casaco guardado e precisará ser assistida”, afirmou.
Questionada sobre as ações preventivas em Manaus, a Defesa Civil informou que a responsabilidade é da Semasc (Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania). A Semasc, por sua, vez disse que não terá ações para a população em situação de rua.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação / Inmet