O contribuinte amazonense pagou mais de R$ 574 milhões, no primeiro semestre deste ano, para sustentar o Tribunal de Contas do Estado (TCE/AM) e a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O valor é R$ 89 milhões maior do que o custo no mesmo período do ano passado. O salto representa aumento de 18,4%.
Conforme os valores disponíveis no Portal da Transparência, o funcionamento da Aleam custou R$ 325,2 milhões entre janeiro e junho deste ano. Em 2024, as atividades parlamentares consumiram pouco mais de R$ 265 milhões, no mesmo período. Ou seja, apenas na Aleam, o custo para o contribuinte aumentou R$ 60 milhões ou 22,6%.
Já o TCE/AM levou R$ 245 milhões do orçamento estadual nos primeiros seis meses de 2025, enquanto no mesmo período do ano passado o montante foi de R$ 218,5 milhões. Portanto, o dispêndio foi R$ 26,5 milhões maior. São 12% de aumento.
Além desses valores, desde 2016 um percentual do orçamento vai para o Fundo de Apoio ao Exercício do Controle Externo (Faece), vinculado ao TCE/AM.
Ainda entre os órgãos que têm atribuição de fiscalizar o uso do dinheiro público (além do TCE e da Aleam), o Ministério Público do Estado (MPAM), consumiu R$ 250,8 milhões do contribuinte no primeiro semestre deste ano. Em 2024 o custo foi de R$ 219,4 milhões no período. Portanto, R$ 31,4 milhões a mais, em 2025, o que representa alta de % 14,3%.
O TCE/AM tem sete conselheiros com salário de R$ 41.845,49 e quatro auditores com remuneração de R$ 39.753,22. A Aleam tem 24 deputados estaduais e a remuneração de cada um é R$ 34.774,64. O MPAM tem 187 membros entre promotores de justiça, substitutos e procuradores e os salários vão de R$ 17 mil a R$ 48 mil.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/TCE