O catarinense Talisson Glock, de 26 anos, foi o responsável pela sétima medalha de ouro da natação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O feito foi alcançado na manhã desta quinta-feira (2), quando o atleta venceu os 400m livre (classe S6), com o tempo de 4min54s42. O pódio foi completado pelo italiano Antonio Fantin (4min55s70) e por Viacheslav Lenskii, do Comitê Paralímpico Russo (5min04s84).
Além deste ouro, Talisson já havia conquistado duas medalhas de bronze na capital japonesa: 100m livre e revezamento 4x50m livre – até 20 pontos. Desta forma, o catarinense superou o seu próprio desempenho nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, em que foi prata no revezamento 4x50m livre e bronze nos 200m medley.
“Eu sabia que eu ia nadar bem. Não sabia o quanto, mas sabia que eu ia nadar bem. É muito bom nadar entre os melhores e com os melhores. Consegui aplicar tudo o que treinei. Estou muito feliz. No futuro, acho que posso nadar para o recorde mundial nesta prova. Eu me vejo fazendo isso. É o meu objetivo, com certeza. Estou muito mais maduro e vou sair de Tóquio realizado”, afirmou Talisson.
Esta é a 17ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa. Agora, faltam apenas quatro para o país igualar a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição. O recorde de 21 ouros foi alcançado em Londres 2012.
Natação
Com a conquista de Talisson, o país soma 21 medalhas na modalidade em Tóquio: sete de ouro, cinco de prata e nove de bronze.
Histórico
Talisson foi atropelado aos 9 anos por um trem e perdeu o braço e a perna esquerdos. Seis meses depois, foi convidado para participar do Centro Esportivo para Pessoas Especiais (CEPE). Em 2004, passou a se dedicar aos treinos de natação. Em 2008, competiu em alguns torneios e, em 2010, foi chamado para integrar a Seleção Brasileira de natação.
Fonte: CPB
Foto: Miriam Jeske/CPB