A sobrinha do líder comunitário Minegildo Gaspar Rodrigues, de 63 anos, ficou aliviada ao ver a prisão de Edson Silva dos Santos, 22 anos. Elizete da Silva, 54, ainda tentou fazer justiça com as próprias mãos agredindo o suspeito na delegacia.
“É justiça, uma revolta. Ele vai pagar pelo que ele fez com meu tio. Meu tio não podia ter morrido assim, daquela forma, daquele jeito, ele tem que pagar”, disse.
O idoso foi morto no dia 30 de junho deste ano na chácara onde morava na comunidade Nova Canaã, no Tarumã Açu e o corpo foi encontrado no dia seguinte em uma vala. A justiça expediu mandado de prisão temporária e Edson foi localizado no mesmo local do crime.
O delegado Márcio André Campos explicou que o suspeito responde à pelo menos sete processos por furto na comarca de Iranduba e constantemente ameaçava pessoas da comunidade.
“A comunidade por ser pequena, a grande parte dos moradores, temendo represália, não se prestou a comparecer à delegacia, mas as informações colhidas naquela localidade é que o suspeito era contumaz na prática de furtos naquela região e inclusive ameaçava as pessoas, dizendo que furtava mesmo e, se preciso fosse, matava”, afirmou.
Inicialmente, Edson Negou o homicídio, mas depois do exame de corpo de delito voltou à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros para confessar.
As informações sobre o motivo do crime não foram esclarecidas, já que as cerca de 15 famílias da comunidade têm medo de represálias.
“Nas pregações desse líder religioso naquela localidade, ele repreendia esse suspeito por conta desses atos que ele praticava na comunidade e isso teria despertado no suspeito um sentimento de revolta. Ele se julgava perseguido por esse líder religioso e essa seria a motivação desse homicídio”, contou.
Ainda assim, o delegado pede que a população em geral colabore prestando informações à polícia.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar