Suspeito de ser mandante do ataque aos helicópteros do Ibama em Manaus é preso

A Polícia Federal informou que prendeu, na tarde desta quarta-feira (02), o suspeito de mandar incendiar dois helicópteros do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) no dia 24 de janeiro, que estavam estacionadas no aeroclube de Manaus.

Helicóptero é incendiado.

Helicóptero é incendiado.

Foram cumpridos um mandado de prisão e um de busca e apreensão, em Goiânia, Estado de Goiás. A ação faz parte da Operação Acauã, com o objetivo de apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa. Um helicóptero do Ibama foi totalmente destruido e outro foi parcialmente incendiado.

Seis pessoas foram presas por envolvimento nestes crimes. Na última semana, a Polícia Federal já havia identificado e custodiado outros cinco envolvidos: o motorista, suspeito de ter levado e retirado os executores da cena do crime; dois suspeitos de incendiar as aeronaves e dois suspeitos de intermediar o agenciamento dos executores e repassar o pagamento pelos crimes. A identidade dos suspeitos ainda é mantida em sigilo.

Após a confissão, três envolvidos reconheceram o suposto autor intelectual do crime, apontado como envolvido em atividades de garimpo ilegal em Roraima e alvo da operação de ontem.

Segundo a investigação, a ação criminosa teria como motivo principal frear as ações de fiscalização e repressão ao garimpo ilegal. O ato seria uma represália às operações conjuntas feitas pela Polícia Federal e Ibama. As aeronaves haviam sido utilizadas para combater os crimes e destruir dragas usadas para o garimpo.

Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens pularam o muro do estabelecimento e atearam fogo no helicóptero.

Quando os bombeiros chegaram ao local, as chamas já tinham se espalhado e destruído a parte dianteira da aeronave. Policias militares e civis também atenderam à ocorrência, mas como o Ibama é um órgão da União, as investigações ficarão a cargo da Polícia Federal.

O problema do garimpo na Amazônia voltou à tona quando um fotógrafo registrou cerca de 300 dragas no Rio Madeira, no Amazonas. As embarcações eram utilizadas para a atividade ilegal na região e depois parte delas foi destruída.

O Ministério da Justiça e da Segurança Pública e o Ministério do Meio Ambiente repudiaram a ação contra a estrutura de combate aos crimes ambientais e informaram que a União vai continuar atuando de forma contundente contra os crimes na região da Amazônia.

Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar