O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou diligências requeridas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar a incitação da população, por meio das redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos contra o Estado Democrático de Direito e às suas Instituições nesta terça-feira (7), feriado da Independência do Brasil.
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva de Marcio Giovani Niquelatti e Cássio Rodrigues de Souza. Conforme o requerimento, Marcio Niquelatti, com provável residência em Santa Catarina, divulgou em live, a existência de recompensa pela “cabeça” de ministros do STF, com citação nominal ao ministro Alexandre. Para o relator, a conduta narrada pela PGR é ilícita e gravíssima e revela risco à ordem pública.
No caso de Cássio, que se apresenta nas redes sociais como policial militar e tem residência provável em Minas Gerais, a PGR informou a publicação de ameaças aos ministros do STF, em especial ao relator, a quem ameaçou de “dar um tiro de 762 no seu focinho e acabar com sua família”.
Também foram expedidos e cumpridos sete mandados de busca e apreensão, inclusive em relação ao prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), flagrado com R$ 505 mil em espécie no aeroporto de Congonhas (SP) no dia 26 de agosto, conforme comunicado pela CPI da Pandemia. De acordo com agentes da Polícia Federal, o dinheiro, que era para financiar os atos, estava armazenado em caixas de papelão na bagagem de mão do prefeito, em voo fretado com destino a Brasília.
Outra diligência autorizada pelo ministro foi o bloqueio de chaves PIX e contas bancárias de diversas pessoas jurídicas supostamente envolvidas no financiamento de manifestações violentas e antidemocráticas programadas para esta terça-feira.
Fonte: STF
Fotos: Divulgação/STF