Sessão da Aleam é marcada por divergências entre deputados sobre instalação da CPI da Asfixia

A sessão dessa terça-feira (6), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), foi marcada por um debate sobre a instalação de nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), apresentada pelo deputado Delegado Péricles (PSL), para investigar a falta de oxigênio no Estado, em detrimento de outra que já havia sido proposta pelo deputado Dermilson Chagas (Podemos), tendo como foco uma investigação mais ampla das ações do governo durante a pandemia.

Falando pelo Podemos, o deputado Wilker Barreto disse que a apresentação de novo requerimento para investigar somente o caso da falta de oxigênio hospitalar, ocorrido em janeiro deste ano era “um absurdo”. Em seguida, listou as linhas de investigação indicadas no requerimento anterior. “Contrato do aluguel do hospital Nilton Lins, omissão e negligência administrativa quanto à abertura de novos leitos, falta de transparência sobre os gastos com o enfrentamento da pandemia, gastos com publicidade em detrimento da Saúde… isso tudo não é fato concreto?” questionou Barreto.

Péricles afirmou que os requisitos básicos do pedido de Dermilson se configuram genéricos e por isso apresentou um outro pedido. O presidente da Aleam, deputado Roberto Cidade (PV) disse que toda a população sabe o quanto a CPI da Saúde contribuiu para as operações da Polícia Federal.

Serafim Corrêa (PSB) comunicou que ele e o deputado Sinésio Campos (PT) assinaram o pedido de CPI do deputado Péricles, e lembrou que Manaus passou por um momento tenebroso de experimentação científica por conta da teoria da imunidade de rebanho. “O objetivo de qualquer CPI deve ser dar uma resposta sobre quem são os responsáveis pela morte de milhares de pessoas no Amazonas. Temos a CPI proposta pelo deputado Dermilson que pretende investigar vários pontos e temos a proposta pelo deputado Péricles que pretende investigar a crise do oxigênio”, afirmou.

Sinésio Campos esclareceu que assinou o pedido do deputado Péricles por entender que a crise do oxigênio é o fato gerador específico. “A sociedade quer resposta às mais de 13 mil vidas que se foram, precisamos investigar esse experimento que houve no Amazonas”, concluiu.

Fonte: Comunicação Aleam

Foto: Comunicação Aleam