O Governo do Amazonas, em uma parceria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), trabalha na construção de um projeto para captar R$ 35 milhões do Fundo Amazônia.
A proposta será voltada à aquisição de equipamentos para fortalecer a estrutura de combate às queimadas.
“Foi liberada essa linha de crédito e há o compromisso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), que faz a gestão do Fundo Amazônia, de ser o mais célere possível em relação a essa análise. Mesmo que chegue agora ou demore mais um pouco, é um projeto que irá estruturar melhor o Corpo de Bombeiros na atuação nesse novo cenário de mudança climática”, ressaltou o secretário da Sema, Eduardo Taveira.
O projeto é resultado de uma articulação com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Fundo Amazônia, para priorizar a análise de iniciativas de fortalecimento das forças de combate do Estado. Neste sábado (14/10), Sema e Bombeiros estiveram reunidos para alinhar os últimos detalhes da proposta, que deve ser submetida já nesta terça-feira (17/10).
Segundo o subcomandante do CBMAM, coronel Borges, as aquisições serão voltadas a ampliar a estrutura especializada para o combate a incêndios florestais. Entre as aquisições estão caminhões de combate, picapes com kits de tanque e bomba acoplados, além de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, balaclavas, perneiras e cantil.
“São vários tipos de equipamentos para auxiliar no combate ao incêndio florestal. Estamos em uma crise que está fora do normal, então precisamos dar uma reforçada no nosso equipamento e na quantidade também, principalmente para renovar, pois pelo uso ele possui duração média de três anos”, completou.
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Durante o encontro, o secretário Eduardo Taveira destacou que o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) – integrado pelo Governo do Amazonas – definiu, desde o dia 25 de julho, que municípios podem acessar recursos do Fundo para financiar iniciativas relacionadas à preservação da floresta, incluindo prevenção do desmatamento e incêndios.
De acordo com as regras, os projetos poderão receber, no mínimo, R$ 5 milhões, e, no máximo, 5% do saldo disponível em caixa. “É importante destacar que as ações de meio ambiente são delegadas nos três níveis: municipal, estadual e federal. Esse é um suporte financeiro que pode vir tanto para os Estados, como agora, no caso do projeto liderado pelo Corpo de Bombeiros, como para os Municípios, que podem submeter seus próprios projetos, com autonomia na operatividade e execução de ações locais”, disse Taveira.
Ele também destacou o papel do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema) para dar suporte financeiro aos Municípios. “Atualmente o Fema possui cerca de R$ 19 milhões para apoiar essas iniciativas. Para isso, é importante que os Municípios submetam seus projetos, seja na agenda de combate às queimadas ou até mesmo na estruturação das suas secretarias de meio ambiente, para fortalecer os sistemas municipais”, completou.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar