A Câmara Municipal de Manaus (CMM) recebeu, nessa quarta-feira (20), o secretário de Comunicação do município, Israel Conte, para prestar esclarecimentos sobre denúncia veiculada em portal de notícias na última semana. O titular da Semcom respondeu aos questionamentos dos parlamentares a respeito de um vídeo supostamente gravado nas dependências do órgão, que mostra uma pessoa recebendo um pacote contendo dinheiro em espécie.
Na tribuna do plenário, o secretário apresentou um laudo pericial feito pela empresa particular “Smart Perícias”. Segundo Conte, o vídeo é manipulado.
Me coloco à disposição dos presentes vereadores para o esclarecimento da verdade. O laudo pericial apresentado foi feito por uma empresa que há mais de vinte anos presta serviços periciais para todo o Brasil”, afirmou o secretário.
Após a fala de Israel, os parlamentares questionaram o secretário sobre o vídeo. Para o vereador Rodrigo Guedes (Podemos), a ação da Prefeitura foi suspeita, já que o correto seria recorrer primeiramente à polícia, para, assim, ter um laudo oficial.
Quando o prefeito foi alvo de ‘fake news’ ele, no mesmo dia, foi até a Polícia Federal para prestar queixa sobre o assunto. E agora a Prefeitura vai até uma empresa privada para fazer uma perícia antes mesmo de ir até a polícia. Esse laudo não passa credibilidade, trabalho que poderia ser feito pela polícia e, assim, saberíamos que é inteiramente verídico.
A vereadora Thaysa Lippy (PP) questionou o secretário em relação ao controle de quem entra na Secretaria de Comunicação, indagando se há algum protocolo.
O secretário também foi questionado sobre as imagens de câmeras de segurança da Prefeitura, que poderiam ajudar nas investigações.
O que a empresa de segurança me passou é que as imagens ficam guardadas por apenas 30 dias no banco de dados. Essa foi a primeira ação que tive, buscar as imagens de quem entra e sai do prédio da Prefeitura, mas infelizmente não temos mais essas imagens, afirmou Israel Conte.
Ainda no plenário, o titular da pasta convidou os vereadores para o acompanharem até o Ministério Público (MPAM) e Polícia Civil.
Com informações da assessoria
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