Os rios do Amazonas apresentam níveis preocupantes. No último fim de semana, em Manaus, o Negro apresenta situação crítica, no domingo registrou 19,77. Em Tabatinga, o Solimões apresenta cota negativa -0,40 cm. Dois extremos do Amazonas com a mesma realidade, uma estiagem severa.
A atual situação é visualizada por muitos estudiosos como reflexo de diversos fenômenos climáticos e da natureza, muitos deles decorrentes da ação do homem. O grande volume de fumaça das queimadas e o isolamento de quem vive no interior por conta da estiagem são as principais preocupações das autoridades políticas, ambientais e da Defesa Civil.
Os impactos sociais e econômicos tendem a piorar. Isso é o que aponta as pesquisas recentes do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) informam uma piora no quadro, não há previsão de chuvas para os próximos meses e a temperatura da região está acima da registrada no ano passado.
O pesquisador Renato Senna, mestre em Física da Atmosfera, e atua no Inpa há quase 40 anos e alerta sobre a importância da gestão de riscos, no lugar da gestão de crise.
Até esta segunda-feira, 02, 82.530 famílias já foram afetadas pela estiagem severa. De acordo com o boletim da Defesa Civil do Amazonas mais de 737 toneladas de alimentos foram enviadas aos municípios para atender as pessoas que estão em vulnerabilidade por conta deste fenômeno da natureza. Seis estações de tratamento de água móvel precisaram ser instaladas e 550 Sistemas do Água Boa estão em funcionamento para garantir o fornecimento em diversas localidades do Amazonas.
Rádio Rio Mar
Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil