O Samu recebeu de janeiro a abril, 9.708 trotes que foram registrados pelo serviço de urgência e emergência, Samu 192. O órgão atua com diferentes unidades, de acordo com a gravidade da situação apresentada pelo solicitante. Nos quatro primeiros meses deste ano, o Samu 192 recebeu 78.956 ligações em Manaus, e apenas 24.047 apresentavam quadro de urgência para o envio da unidade móvel.
Uma das médicas reguladoras do Samu, Olivia Queiroz, informa que o fluxo de atendimento é prejudicado quando o solicitante mente sobre o real estado de saúde do paciente, ou quando os pacientes não estão em condições graves, mas solicitam condução até uma unidade de saúde, por exemplo.
De acordo com ela, também são recorrentes ligações indevidas quando a família quer verificar pressão arterial ou sinais vitais de um paciente, ou quer uma consulta com o médico, em domicílio, para prescrição de um medicamento. Nesses casos, os familiares são orientados a buscar a unidade de saúde mais próxima, pois esses serviços são disponibilizados pela Atenção Primária, e não pelo Samu.
De janeiro a abril deste ano, as unidades móveis do Samu 192 foram deslocadas para 16.516 ocorrências em Manaus, com média de 4,1 mil atendimentos mensais.
A médica Ana Carmem, que também faz parte da equipe de regulação do Samu, explica que, além de atender as ligações dos solicitantes, eles acompanham por rádio as equipes atuantes nas ruas, para indicar a melhor conduta em relação ao atendimento e a unidade para onde o paciente será encaminhado.
“A gente oferece todo tipo de orientação para a população que telefona, mas cabe a nós, médicos reguladores, definir se a unidade móvel deve ser encaminhada ou não, e qual o tipo da viatura adequada. É difícil fazer essa distinção sem examinar pessoalmente o paciente, mas precisamos ter essa compreensão a partir das informações que o solicitante está repassando por telefone, por isso elas precisam ser claras e verdadeiras”, pontua Ana Carmem.
A médica acrescenta que, após o pedido de unidade móvel ser efetivado, todas as informações sobre aquele usuário são repassadas do Rádio Operador aos profissionais que estão nas ambulâncias.
“O Rádio Operador tem acesso ao GPS de todas as ambulâncias, então ele vai liberar a unidade que esteja mais próxima ao endereço do solicitante. Sempre o protocolo do Samu é levar o socorro o mais rápido possível, e gerenciar o paciente para o local mais próximo e que ofereça o atendimento que ele precise”, disse.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar