Segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, os 15 itens mais encontrados nas análises representam 80,3% dos resíduos que vão parar na costa brasileira.
Depois do plástico, a bituca de cigarro e o isopor aparecem em segundo e terceiro lugares entre os itens mais encontrados. Os outros 19,7% abrangem artigos como roupas e apetrechos de pesca, entre outros. Todos fazem parte de uma amostra que soma 16.733 itens retirados da areia, da praia e de manguezais.
O levantamento faz parte de um trabalho feito pela Abrelpe desde 2018 em 11 cidades da costa onde vivem 14 milhões de habitantes. O programa iniciou as ações de monitoramento, prevenção e combate ao lixo no mar e nos demais corpos hídricos na cidade de Santos e atualmente abrange os municípios de Balneário Camboriú, Bertioga, Fortaleza, Ipojuca, Rio de Janeiro, São Luís, Manaus, Serra e municípios da Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro.
O biólogo, especialista em ecologia e gestão ambiental e embaixador do Instituto Lixo Zero Brasil no Amazonas, Daniel Souza, informou que todos os dias são retiradas 27 toneladas de resíduos das águas só na capital do Amazonas.
Segundo as estimativas da entidade, mais de dois milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos vão parar nos rios e mares todos os anos no Brasil.
Segundo um dos relatórios, as três principais fontes de vazamento de lixo no mar são as comunidades nas áreas de ocupação irregular, próximas aos cursos d’água, os canais de drenagem que atravessam a malha urbana e a própria orla da praia em sua faixa de areia.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar