O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), divulgou recentemente um alarmante relatório que expõe a morte de mais de mil crianças indígenas com menos de quatro anos de idade, vítimas de doenças que poderiam ser evitadas.
Em 2022, dados oficiais sistematizados pelo Cimi a partir das bases do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) e da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) registraram a ocorrência de 1040 óbitos de crianças indígenas de 0 a 4 anos de idade.
As informações foram obtidas por meio de solicitação feita com base na Lei de Acesso à Informação (LAI) e da consulta a dados públicos do SIM, como explica o integrante do CIMI, Francisco Loembes.
Os estados que registraram o maior número de óbitos de crianças indígenas de até 4 anos de idade foram Amazonas (295), Roraima (179) e Mato Grosso (124). Juntos, os três somam 57,5% do total de mortes registradas no ano. A maior parte total dos óbitos, 575 (55,3%), vitimou crianças do sexo masculino.
O trabalho do CIMI reflete um compromisso da Igreja Católica com a justiça social e os direitos humanos, alinhando-se com a missão da Igreja de apoiar os mais vulneráveis e marginalizados.
Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar