Região Norte preocupa especialistas com taxa de suicídios acima da média nacional

A campanha “Setembro Amarelo 2024” tem como tema “Se precisar, peça ajuda”.

(Imagem: Agência Brasil)

(Imagem: Agência Brasil)

Setembro também é o mês de conscientização e prevenção do suicídio, no Brasil. A campanha “Setembro Amarelo” deste ano tem como tema “Se precisar, peça ajuda”. A região Norte do país apresentou, em 2023, índices de suicídio alarmantes, com uma taxa de 10,2 mortes por 100 mil habitantes, número que fica acima da média nacional, que é de 6,2 suicídios por 100 mil habitantes.

O Amazonas e o Pará se destacaram com taxas ainda mais críticas, com 12,5 e 11,3 óbitos, respectivamente, por 100 mil habitantes. O Amapá, apresentou número mais baixo, com 8,7 mortes por 100 mil habitantes, porém, acima da média nacional. A situação em Rondônia também é preocupante, com 9,4 suicídios por 100 mil habitantes, com o agravante da falta de acesso às áreas rurais que sofrem com a ausência de infraestrutura adequada para o atendimento psicológico.

A psicóloga, Risoleyde matos, destaca os fatores que contribuem para o cometimento do suicídio, alguns predominantes na região Norte.

Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, em 2023, mais de 800 mil suicídios foram registrados no mundo, número superior ao total de mortes por HIV, malária, câncer de mama, guerras e homicídios. No Brasil, aproximadamente 14 mil suicídios são cometidos por ano, isso representa uma média de 38 mortes por dia.

Ainda segundo a OMS e o Ministério da Saúde, no Brasil, o suicídio é a quarta principal causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos, atrás, apenas, de acidentes de trânsito, tuberculose e violência. No mundo, é a segunda principal causa de morte, atrás, dos acidentes de trânsito. Ainda segundo a especialista, a sociedade tem um papel importante na prevenção.

A campanha “Setembro Amarelo” serve para colocar em evidência uma problemática que atinge todas os países, raças, gêneros e classes sociais, portanto, se precisar, peça ajuda, em qualquer momento.

Nuno Lôbo – Rádio Rio Mar