A Refinaria da Amazônia (Ream), da Atem, reduziu pela 12a vez no ano o valor de venda da gasolina para as distribuidoras, contudo, os donos de postos mantêm a cobrança do preço mais caro do Brasil para os consumidores do Amazonas. A última redução da Ream ocorreu na última sexta-feira (2), de R$ 3,11 para R$ 3,07.
Atualmente, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), com o preço médio de R$ 7,09, o Amazonas tem, disparado, a gasolina mais cara do País. Atualmente, quem mais se aproxima são os Estados do Paraná e de Roraima, onde o preço médio deste combustível é de R$ 6,96.
Da última vez que a Ream vendeu a gasolina nesse patamar de preço para as distribuidoras foi em fevereiro de 2024, ao valor de R$ 3,09. Naquela semana, a gasolina custava R$ 5,76 para o consumidor do Amazonas, nos postos, conforme o monitoramento da ANP.
Cabe ressaltar que, também naquela semana na qual a Ream vendia o combustível a R$ 3,09 (02/02/2024), o preço do dólar estava a R$ 5,76 e o valor internacional do barril de petróleo Brendt variou entre 78 e 82 dólares, entre 05 e 12 de fevereiro de 2024.
Hoje o dólar está R$ 5,66 e o barril de petróleo Brendt está negociado abaixo dos 62 dólares.
Portanto, os itens que mais influenciam nos preços dos combustíveis estão menores do que quando o consumidor pagava R$ 5,76 nas bombas, na primeira quinzena de fevereiro de 2024.
De lá para hoje, o único aumento `fora da curva`, com poder de impacto direto no preço da gasolina, foi de R$ 0,10 no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em fevereiro deste ano.
No dia 13 de fevereiro deste ano, Procon Amazonas, Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) e Ministério Público Federal (MPF) prometeram reunir estratégias conjuntas para melhorar a defesa dos direitos dos consumidores, inclusive com a formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Contudo, até o momento, a promessa não se converteu em melhoria para os consumidores.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação