Violação do corpo da mulher, tráfico humano, formação de sacerdotes e a recepção do mundo quanto aos assuntos abordados foram alguns dos temas repercutidos no Sínodo para a Amazônia, em Roma, nesta quarta-feira, 23.
A irmã Rose Bertoldo e o padre Zenildo Lima, ambos de Manaus, foram os escolhidos da vez do Vaticano para responder às perguntas dos jornalistas, neste 10º dia de Assembleia Sinodal. A irmã Rose é religiosa da congregação do Imaculado Coração de Maria, Membro da Rede Um grito pela Vida, de Combate ao tráfico de pessoas, e umas das Auditoras sinodais. Já o padre Zenildo é reitor do Seminário São José da Arquidiocese de Manaus.
Ele disse que o processo sinodal tem encontrado dificuldade de comunicação com o mundo por causa de pensamentos fundamentados em especulações ou notícias falsas.
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Sobre a formação de presbíteros, o Padre Zenildo acredita que hoje existe um modelo grupo seleto de formadores e de segregação de jovens.
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Conforme o padre, os presbíteros precisam ter a capacidade de dialogar e assumir as pautas discutidas no Sínodo.
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Mencionado sete vezes nas 60 páginas no Instrumento Laboris, que é o documento resultado da escuta de mais de 87 mil pessoas desde 2017 na Amazônia, o tráfico humano, com destaque para a exploração das mulheres, foi o assunto abordado pela Irmã Rose Bertoldo. Ela afirma que o tema é uma preocupação do próprio Papa Francisco desde o pontificado.
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A religiosa defende que o tema seja assumido pela igreja como prioridade, não apenas para a acolhida de vítimas, mas também no enfrentamento.
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Irmã Rose Bertoldo também citou uma realidade bem comum na Amazônia e que acaba em tráfico humano: a servidão doméstica, que é quando as meninas são levadas embora das comunidades para as chamadas casas de família.
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No sábado, o documento final do Sínodo para a Amazônia vai ser votado.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Vatican News