Quase metade dos suspeitos detidos neste ano foram liberados pela Justiça, após audiências de custódia, e respondem pelos crimes em liberdade. A informação consta em relatório da Defensoria Pública do Amazonas. Foram 2.410 audiências de custódia entre janeiro e novembro. Mais de 46% dos detidos em flagrante, ou seja, 1.122 indivíduos, obtiveram na Justiça o direito de responder aos processos em liberdade. Em 36% das audiências, o resultado foi averiguação de irregularidade da prisão, onde os suspeitos podem ficar em liberdade. Apenas 17%, 408 infratores, tiveram a prisão decretada.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um dos objetivos das audiências de custódia é diminuir a população carcerária. Há risco, no entanto, de reincidência.
Conforme relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em outubro do ano passado, o Amazonas tinha 10.400 presos. A capacidade, no entanto, era para apenas 3.134 detentos em todo o Estado. Um ano depois, no último dia 31 de outubro, a população carcerária era de 9.024 indivíduos, uma redução de 13,2%. Contribuem para esta diminuição as 56 mortes durante massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj , no dia 1º de janeiro deste ano, e os 66 criminosos foragidos desde a rebelião.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar